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Vaticano confirma Conclave para 7 de maio: o que esperar da eleição do novo Papa

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Vaticano confirma Conclave para 7 de maio: o que esperar da eleição do novo Papa / Foto: Leandro Silva / Unsplash
Foto: Leandro Silva / Unsplash

O Vaticano anunciou oficialmente que o Conclave para a eleição do novo Papa terá início em 7 de maio, na icônica Capela Sistina. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, durante uma Congregação Geral com os cardeais presentes em Roma para o funeral do Papa Francisco, realizado no último sábado (26).

A cerimônia histórica reunirá 135 cardeais com menos de 80 anos, conforme determina a legislação canônica, para escolher o 267º pontífice da história da Igreja Católica. A expectativa em torno da sucessão é grande, não apenas pelo impacto religioso, mas também pelo simbolismo geopolítico que a liderança papal exerce em um mundo cada vez mais fragmentado.

Um Conclave cercado de rituais milenares

O Conclave seguirá a tradição preservada há séculos. A Capela Sistina será isolada do mundo exterior — literalmente — para garantir o sigilo absoluto do processo. A palavra “conclave” deriva do latim cum clave, que significa “com chave”, uma referência ao isolamento dos cardeais.

Antes das votações, será celebrada uma missa especial na Basílica de São Pedro, invocando a assistência divina para a escolha do novo líder da Igreja. Após a missa, os cardeais caminharão em procissão até a Capela Sistina, onde ocorrerão as votações secretas.

Cada cardeal escreverá o nome de seu escolhido em uma cédula, abaixo da frase latina Eligo in Summum Pontificem (“Elejo como Sumo Pontífice”). As cédulas serão depositadas numa urna de prata sobre o altar. Se algum candidato obtiver dois terços dos votos, será imediatamente eleito.

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Após cada rodada de votação, as cédulas são queimadas: fumaça preta indica que não houve vencedor, enquanto fumaça branca sinaliza que um novo Papa foi escolhido. Fiéis do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro, aguardam ansiosamente a cor da fumaça que sairá da chaminé da Capela Sistina.

Procedimentos e duração

Tradicionalmente, até quatro votações podem ser realizadas por dia: duas pela manhã e duas à tarde. Se após três dias de votação não houver consenso, os cardeais farão uma pausa para reflexão e oração, reiniciando o processo em seguida.

Apesar da complexidade, conclaves modernos tendem a ser relativamente rápidos: os dois últimos duraram apenas dois dias. Especialistas projetam que, considerando o contexto atual de unidade em torno do legado de Francisco, o novo conclave também não deverá se estender por muito tempo.

Quem são os favoritos?

Ainda é cedo para apontar favoritos definitivos, mas alguns nomes ganham força nos bastidores. Entre eles:

  • Cardeal Pietro Parolin (Itália), Secretário de Estado do Vaticano, conhecido por sua habilidade diplomática.

  • Cardeal Matteo Zuppi (Itália), Arcebispo de Bolonha, associado a iniciativas sociais e ao diálogo inter-religioso.

  • Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas), pró-prefeito do Dicastério para Evangelização, visto como uma opção que reforçaria a presença da Ásia no centro da Igreja.

  • Cardeal Robert Prevost (Estados Unidos), Prefeito do Dicastério para os Bispos, ligado à renovação interna da Igreja.

  • Cardeal Jean-Marc Aveline (França), uma voz respeitada entre os progressistas.

O perfil do próximo Papa deverá refletir os desafios contemporâneos: evangelização num mundo secularizado, crise climática, migração, diálogo com outras religiões e o fortalecimento da moralidade cristã em tempos de profundas mudanças sociais.

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Impacto global da sucessão papal

A escolha do novo Papa não terá apenas consequências religiosas. O Papa é uma das vozes diplomáticas mais respeitadas no cenário internacional, com capacidade de mediar conflitos, influenciar debates sobre direitos humanos e pautar questões globais como pobreza e meio ambiente.

A sucessão de Francisco, conhecido por sua postura reformista e pela defesa dos marginalizados, é vista como um momento-chave para definir se a Igreja continuará avançando em direção a uma abordagem mais inclusiva ou se voltará a um modelo mais conservador.

O simbolismo do ritual

Mais do que um processo eleitoral, o Conclave é um ritual carregado de significado. Para milhões de católicos, é a manifestação visível da fé na condução divina da Igreja. Desde o anúncio da morte de Francisco, missas, vigílias e correntes de oração têm sido organizadas em todo o mundo, pedindo sabedoria e discernimento aos cardeais eleitores.

A expectativa é de que o novo Papa seja apresentado ao mundo poucas horas após a fumaça branca, na tradicional saudação Urbi et Orbi (“à cidade [de Roma] e ao mundo”), diretamente da sacada da Basílica de São Pedro.

5 filmes e séries para entender a escolha de um Papa e a vida no Vaticano

Se você quer mergulhar na atmosfera do Conclave e entender melhor o que acontece nos bastidores da Igreja, confira esta seleção:

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“Dois Papas” (2019) — Netflix

Um drama biográfico estrelado por Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, explorando a relação entre o conservador Papa Bento XVI e o progressista cardeal Jorge Bergoglio, futuro Papa Francisco.

“O Papa João Paulo II” (2005) — Minissérie

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Uma minissérie poderosa que retrata a vida de Karol Wojtyla desde sua juventude na Polônia até sua eleição como Papa João Paulo II.

“O Conclave” (2006) — Filme

Baseado em eventos históricos do século XV, dramatiza a eleição do Papa Pio II, revelando os jogos de poder e as tensões internas durante um conclave.

“Inside the Vatican” (2019) — Documentário da BBC

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Um olhar real e detalhado sobre a vida no interior do Vaticano, mostrando como funciona a administração da Igreja Católica no dia a dia.

“The Young Pope” (2016) — Série (HBO)

Ficção intrigante estrelada por Jude Law, que interpreta o fictício Papa Pio XIII, um pontífice carismático e controverso que desafia as tradições vaticanas.

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