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Dengue: entenda os sintomas e as possíveis complicações da doença

O vírus da dengue voltou a ser motivo de preocupação para muitas regiões do Brasil. A projeção de crescimento do número de casos prevista para os próximos meses fez com que o Estado de São Paulo decretasse emergência. Diante disso, o alerta é para que a população fique atenta aos sintomas da doença que, em alguns casos, pode ser grave e levar à morte.
De acordo com o Ministério da Saúde, das 152 mortes causadas pela dengue em 2025, 118 foram em São Paulo. Ser ágil na hora de procurar ajuda médica em caso de suspeita é muito importante para evitar as complicações da doença. A infectologista e diretora médica e assistencial, Bianca Miranda, do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, explica que uma pessoa pode ser infectada quatro vezes, pelos quatro sorotipos diferentes que existem. A pessoa só fica imune ao sorotipo pelo qual adoeceu, podendo ser infectada pelos outros sorotipos. Hoje, em São Paulo, há aumento da circulação do DENV-3, o que é motivo de preocupação, já que estava com baixa circulação desde 2016.
“Os sintomas são iguais aos demais tipos como febre alta, dor atrás dos olhos, dor no corpo, manchas avermelhadas na pele, coceira, náuseas e dores musculares”, explica a infectologista. Quem já contraiu o vírus também deve redobrar a atenção uma vez que as chances de se desenvolver o quadro grave da doença é maior quando a pessoa tem dengue por mais de uma vez.
Os sintomas graves da dengue incluem dor abdominal intensa, vômitos persistentes, às vezes até com sangue, dificuldade respiratória, confusão mental, fadiga, náuseas, queda da pressão arterial, sangue nas fezes e sangramento nas gengivas ou nariz. “É fundamental procurar ajuda médica o mais rápido possível em caso desses sintomas. A automedicação também pode ser perigosa já que os anti-inflamatórios, como as aspirinas (AAS), o ibuprofeno ou o diclofenaco, devem ser evitados”, explica.
A especialista lembra que pessoas de todas as faixas etárias estão suscetíveis à dengue grave, mas a atenção deve ser maior com idosos, gestantes, pessoas com comorbidades como hipertensão arterial e diabetes. O ideal é fazer a prevenção utilizando repelentes registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e combatendo os criadouros do mosquito Aedes aegypti que, na maioria das vezes, estão dentro das residências em vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas, entre outros recipientes que acumulam água parada, além de pequenas ações como tampar ralos e usar telas nas janelas.
Sobre o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês
O Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL) é uma organização sem fins lucrativos dedicada à melhoria contínua da saúde pública no Brasil. Fundado em 2008 pela Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês, o Instituto tem como missão ampliar o acesso à saúde de qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo inovação, excelência assistencial e impacto social.
Reconhecido como uma das principais organizações sociais de saúde do país, o IRSSL é responsável pela gestão de 13 unidades unidades de saúde do SUS, sempre pautado pelos valores de solidariedade, excelência e compromisso com resultados. A atuação do Instituto está alinhada à missão do Hospital Sírio-Libanês, promovendo o desenvolvimento social responsável e garantindo assistência médica de alto nível para a população.