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Brasil ultrapassa a marca de 1 milhão de casos de dengue em 2025

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Brasil ultrapassa a marca de 1 milhão de casos de dengue em 2025 / Foto: Егор Камелев / Unsplash

Levantamento realizado por um dos maiores laboratórios de apoio do Brasil mostra que há uma queda no total de exames realizados e no total de exames positivos; O índice de positividade para a doença teve pequena redução, em comparação ao mesmo período do ano passado

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue no ano de 2025. Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, até o último 19 de abril, são 703 mortes e outros 720 óbitos suspeitos em investigação.

A quantidade de casos registrados é menor do que no mesmo período do ano passado, mas segue maior do que em 2023. Nesse mesmo período, em 2024, o país já tinha mais de 2,7 milhões de casos prováveis de dengue e mais de 1.500 mortes.

O DB Diagnósticos, laboratório exclusivo de apoio, reconhecido nacionalmente pela qualidade dos serviços prestados, realizou um levantamento que mostra queda no número total de exames e no total de exames positivos, realizados no primeiro trimestre de 2025 para dengue. A taxa de positividade teve pequena diminuição em comparação a 2024.

No primeiro trimestre de 2024, houve o total de testes positivos de 31.098 em comparação a 2025, com 13.016, que mostra uma redução de 58,1%. Em relação ao número de exames realizados no primeiro trimestre deste ano, os dados mostram uma queda de 54,0% em relação a 2024.

Em relação ao comparativo por região, os dados mostram um número maior de exames realizados no Sudeste, com 15.795 exames e 9.340 positivos, seguido pela região Sul, com 2.332 exames, sendo 890 positivos.

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Para Alex Galoro, médico patologista clínico do DB Diagnósticos, “os dados para detectar dengue têm um papel fundamental no diagnóstico da doença, para reduzir o risco de complicações graves que podem levar à morte e contribui para o controle da propagação da doença”.

O estado de São Paulo lidera o número absoluto de casos e apresenta o maior coeficiente de incidência da doença – são 1.285 casos por 100 mil habitantes. Mais de 70% das mortes confirmadas ocorreram em cidades paulistas, totalizando 488 óbitos. Somente na capital, foram registradas ao menos cinco mortes, conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, as maiores incidências de dengue estão nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Além de São Paulo, os estados com maiores coeficientes de incidência são o Acre (888), Paraná (680), Goiás (645), Mato Grosso (612), Espírito Santo (553) e Minas Gerais (521), concentrando o maior impacto nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Na análise da distribuição por faixa etária e sexo, homens e mulheres com idades entre 20 a 29 anos correspondem à faixa etária com maior número de casos. Seguido por 30 a 39 anos e 40 a 49 anos. A maioria são mulheres, com 55% dos casos, enquanto entre homens representam 45% dos casos.

“O diagnóstico preciso das arboviroses é um desafio no Brasil. Os principais arbovírus podem ser transmitidos pelo mesmo mosquito e, na maior parte dos casos, as infecções têm sintomas semelhantes, por isso, o diagnóstico clínico muitas vezes não é suficiente para distinguir entre uma doença e outra. Por esses motivos, testes laboratoriais, incluindo os moleculares, trazem uma resposta rápida e de alta precisão para a diferenciação das arboviroses”, complementa Galoro.

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